sábado, 26 de dezembro de 2009

Como lidar com o filho do seu namorado



"Recentemente, a top Gisele Bündchen afirmou que está pronta para ser mãe "postiça" do filho de seu namorado, o jogador de futebol americano Tom Brady. Ele será pai pela primeira vez em julho, de um bebê com a atriz Bridget Moynahan.

Gisele não é a única que tem de entender e aprender a conviver com filhos que vêm de outros relacionamentos. Muitas mulheres precisam saber como dividir as atenções do namorado com crianças que não são as suas.

Segundo a psicóloga e psicoterapeuta Olga Tessari, a primeira questão que deve ser muito bem esclarecida é que o parceiro desta pessoa que tem um filho concebido fora da relação não deve querer assumir o papel de pai ou mãe da criança.
"Não existe mãe ou pai postiços. O que existe é amizade entre o parceiro e o filho do outro", declara Olga. "Não se pode querer que a criança trate o namorado como pai ou mãe. O ideal é que os dois se dêem bem e que aceitem um ao outro", acrescenta.
De acordo com a psicóloga Heloisa Garbuglio, se cada um souber o seu papel neste tipo de convivência a situação é muito mais fácil de ser administrada. "As mulheres e os homens precisam ter consciência de que não podem querer dar palpites na educação da criança, agindo como se fossem a segunda mãe ou o segundo pai", enfatiza.
"A namorada ou o namorado devem estar cientes de que a outra pessoa já tem uma família pré-estabelecida antes mesmo de conhecer o parceiro atual", complementa Heloisa.
Gisele Bündchen falou que descobrir a gravidez da ex de Brady não atrapalhou o relacionamento dos dois. "Se você ama alguém, você ama tudo que vem com ele. Acho isso de fácil compreensão", afirmou a top.
Para Olga Tessari, a modelo está absolutamente correta. "Quando realmente se gosta de alguém, é preciso aceitar a vida que a pessoa tinha antes de começar o compromisso atual", relata. "Entender que serão necessários momentos para curtir o filho e respeitar o relacionamento do pai ou da mãe com essa criança que não foi concebida dentro da relação faz parte dos pressupostos do amor", diz.
Entretanto, Olga ressalta que no momento em que se inicia um relacionamento, a pessoa tem o direito de saber que o outro já tem um filho. Não se pode esconder isso com medo de perder a pessoa amada.
Heloisa Garbuglio é da mesma opinião e afirma que se a pessoa esconde que tem um filho é porque está escondendo sua vida. "Os relacionamentos devem ser construídos em alicerces sólidos. Mentiras e omissões nunca podem estar presentes", enfatiza.
No caso de Gisele, ela e o jogador começaram o relacionamento em dezembro passado e Brady ainda não sabia que sua ex estava grávida.
Confira a opinião de quem já passou por isso
Para a advogada Bruna*, 24 anos, que namora há quase três meses um homem que tem uma filha de 8 anos, esse tipo de namoro faz com que o casal tenha de abrir mão de algumas coisas por causa da criança.
"Em um final de semana, por exemplo, temos de assitir a filmes dublados para que a filhinha do meu namorado consiga acompanhar a história. Se ela fica doente, a gente não pode se ver pois ele precisa levá-la ao médico", conta a advogada.
Ela só soube que seu namorado tinha uma filha após 1 mês de namoro e acha que a atitude dele é justificável. "Quando nos conhecemos, cheguei a comentar que não gostaria de namorar um cara com filhos. Hoje em dia, sou apaixonada pela filha dele. Meu problema atualmente é fazer com que meus pais aceitem a situação", enfatiza.
Para a estudante Carla*, 22 anos, que namora com um homem de 41 anos e que tem um filho de 7, o fato de já saber que seu namorado tinha um filho antes mesmo de iniciar o namoro facilitou a aceitação da criança.
A estudante conta que por ter pais separados há 20 anos consegue se imaginar no papel do filho de seu namorado. "Já estive do outro lado. Sei como é receber a notícia de que seu pai ou sua mãe estão namorando", declara.
"Para que a convivência seja a melhor possível, o segredo é agir naturalmente. Não adianta forçar ninguém a nada. Se a criança não estiver pronta para aceitar um namoro, não importa quem apareça na frente dela", acrescenta Carla.
* Os nomes foram trocados a pedido das entrevistadas"

http://mulher.terra.com.br/interna/0,,OI1713691-EI4788,00-Como+lidar+com+o+filho+do+seu+namorado.html

domingo, 20 de dezembro de 2009

"Incertos são nossos amores, e por isso é tão importante sentir-se bem mesmo estando só."
(Martha Medeiros)

sábado, 19 de dezembro de 2009

"As pessoas não vão querer pisar em voce, a menos que voce se deite."


- Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe.
- Se ele não te quer, nada pode faze-lo ficar.
- Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e seu comportamento.
- Permita que sua intuição (ou espí­rito) te proteja das mágoas.
- Para de tentar se modificar para uma relação que não tem que acontecer.
- Mais devagar é melhor. Nunca dedique sua vida a um homem antes que você encontre o que realmente te faz feliz.
- Se uma relação terminar porque o homem não te tratou como você merecia, "mande-o pro inferno, esquece!", vocês não podem "ser amigos". Um amigo não destrataria outro amigo.
- Não conserte.
- Se você sente que ele está te enrolando, provavelmente é porque ele está mesmo. Não continue (a relação) porque você acha que "ela vai melhorar"
- Você vai se chatear daqui um ano por continuar a relação quando as coisas ainda não estiverem melhores.
- A única pessoa que você pode controlar em uma relação é você mesma.
- Evite homens que têm um monte de filhos, e de um monte de mulheres diferentes. Ele não casou com elas quando elas ficaram grávidas, então, porque ele te trataria diferente?
- Sempre tenha seu próprio cí­rculo de amizade, separadamente do dele.
- Coloque limites no modo como um homem te trata. Se algo te irritar, faça um escândalo.
- Nunca deixe um homem saber de tudo. Mais tarde ele usará isso contra você.
- Você não pode mudar o comportamento de um homem. A mudança vem de dentro.
- Nunca o deixe sentir que ele é mais importante que você... mesmo se ele tiver um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.
- Não o torne um semi-deus.
- Ele é um homem, nada além ou aquém disso.
- Nunca deixe um homem definir quem você é.
- Nunca pegue o homem de alguém emprestado..
- Se ele traiu alguém com você, ele te trairá com outra.
- Um homem vai te tratar do jeito que você permita que ele te trate.
- Todos os homens NÃO são cachorros.
- Você não deve ser a única a fazer tudo... compromisso é uma via de mão dupla.
- Você precisa de tempo para se cuidar entre as relações. Não há nada precioso quanto viajar. - Veja as suas questões antes de um novo relacionamento.
- Você nunca deve olhar para alguém sentindo que a pessoa irá te completar... uma relação consiste de dois indiví­duos completos.
Procure alguém que irá te complementar... não suplementar.
- Namorar é bacana, mesmo se ele não for o esperado Sr. Correto.
- Faça-o sentir falta de você algumas vezes... quando um homem sempre sabe que você está lá, e que você está sempre disponí­vel para ele - ele se acha...
- Nunca se mude para a casa da mãe dele. Nunca seja cúmplice (co-assine) de um homem.
- Não se comprometa completamente com um homem que não te dá tudo o que você precisa. Mantenha-o em seu radar, mas conheça outros...
- Compartilhe isso com outras mulheres e homens (de modo que eles saibam). Você fará alguém sorrir, outros repensarem sobre as escolhas, e outras mulheres se prepararem.
- Dizem que se gasta um minuto para encontrar alguém especial, uma hora para apreciar esse alguém, um dia para amá-lo e uma vida inteira para esquecê-lo.
- O medo de ficar sozinha faz que várias mulheres permaneçam em relações que são abusivas e lesivas.
- Você deve saber que você é a melhor coisa que pode acontecer para alguém e se um homem te destrata, é ele que vai perder uma coisa boa.
- Se ele ficou atraí­do por você à primeira vista, saiba que ele não foi o único.
- Todos eles estão te olhando, então você tem várias opções. Faça a escolha certa.
Ladies, cuidem bem de seus corações.

Quem olha para fora sonha.
Quem olha para dentro desperta.
Carl G. Jung

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Bunda dura

Texto de Arnaldo Jabor:

Tenho horror a mulher perfeitinha. Sabe aquele tipo que faz escova toda manhã, tá sempre na moda e é tão sorridente que parece garota-propaganda de processo de clareamento dentário? E, só pra piorar, tem a bunda dura!!!

Pois então, mulheres assim são um porre. Pior: são brochantes.
Sou louco? Então tá, mas posso provar a minha tese. Quer ver?
A). Escova toda manhã. A fulana acorda as seis da matina pra deixar o cabelo parecido com o da Patrícia de Sabrit. Perde momentos imprescindíveis de rolamento na cama, encoxamento do namorado, pegação, pra encaixar-se no padrão "Alisabel é que é legal". Burra.
B) Na moda: estilo pessoal, pra ela, é o que aparece nos anúncios da Elle do mês. Você vê-la de shortinho, camiseta surrada e cabelo preso? JAMAIS! O que indica uma coisa: ela não vai querer ficar "desarrumada" nem enquanto tiver transando. É capaz até de fazer pose em busca do melhor ângulo perante o espelho do quarto. Credo.
C) Sorriso incessante: ela mora na vila do Smurfs? Tá fazendo treinamento pra Hebe? Sou antipática com orgulho, só sorrio para quem provoca meu sorriso. Não gostou? Problema seu. Isso se chama autenticidade, meu caro. Coisa que, pra perfeitinha, não existe. Aliás,ela nem sabe o que a palavra significa, coitada.
D). Bunda dura. As muito gostosas são muito chatas. Pra manter aquele corpão, comem alface e tomam isotônico (isso quando não enfiam o dedo na garganta pra se livrar das 2 calorias que ingeriram), portanto não vão acompanhá-lo nos pasteizinhos nem na porção de bolinho de arroz do sabadão. Bebida dá barriga e ela tem H-O-R-R-O-R a qualquer carninha saindo da calça de cintura tão baixa que o cós acaba onde começa a pornografia: nada de tomar um bom vinho com você. Cerveja? Esquece! Melhor convidar o Jorjão.
Pois é, ela é um tesão. Mas não curte sexo porque desglamouriza, se veste feito um manequim de vitrine do Iguatemi, acha inadmissível você apalpar a bunda dela em público, nunca toma porre e só sabe contar até quinze, que é até onde chega a seqüência de bíceps e tríceps. Que beleza de mulher. E você reparou naquela bunda? Meu Deus...
Legal mesmo é mulher de verdade. E daí se ela tem celulite? O senso de humor compensa. Pode ter uns quilinhos a mais, mas é uma ótima companheira de bebedeira. Pode até ser meio mal educada quando você larga a cueca no meio da sala, mas adora sexo. Porque celulite, gordurinhas e desorganização têm solução (e, às vezes, nem chegam a ser um problema).
Mas ainda não criaram um remédio pra futilidade. Nem pra dela, nem pra sua.



Definição de Saudade


Médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, com toda vivencia e experiência que o exercício da medicina nos traz, posso

afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos
meus pacientes.
Dizem que a dor é quem ensina a gemer. Não
conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, pegos pela
adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além.
Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima, e não raro,
nos descobrimos confortando aqueles que vieram para nos
confortar.
Um dia, um anjo passou por mim...
No início da minha vida profissional,
senti-me atraído em tratar crianças, me entusiasmei com a
oncologia infantil. Tinha, e tenho ainda hoje, um carinho muito grande por
crianças. Elas nos enternecem e nos surpreendem como suas
maneiras simples e diretas de ver o mundo, sem meias verdades.
Nós médicos somos treinados para nos
sentirmos "deuses". Só que não o somos! Não acho o sentimento de
onipotência de todo ruim, se bem dosado. É este sentimento que nos
impulsiona, que nos ajuda a vencer desafios, a se rebelar contra a morte
e a tentar ir sempr mais além. Se mal dosado, porém, este
sentimento será de arrogância e prepotência, o que não é
bom. Quando perdemos um paciente, voltamos à planície,
experimentamos o fracasso e os limites que a ciência nos impõe e
entendemos que não somos deuses.
Somos forçados a reconhecer nossos limites!
Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer
de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional.
Nesse hospital, comecei a freqüentar a enfermaria infantil,
e a me apaixonar pela oncopediatria. Mas também comecei a
vivenciar os dramas dos meus pacientes, particularmente os das crianças,
que via como vítimas inocentes desta terrível doença que é o
câncer.
Com o nascimento da minha primeira filha,
comecei a me acovardar ao ver o sofrimento destas crianças. Até o
dia em que um anjo passou por mim.
Meu anjo veio na forma de uma criança já com
11 anos, calejada porém por 2 longos anos de tratamentos os
mais diversos, hospitais, exames, manipulações,
injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e
radioterapia.
Mas nunca vi meu anjo fraquejar. Já a vi chorar sim, muitas vezes, mas não via fraqueza em seu choro. Via medo em seus olhinhos algumas vezes, e isto é humano! Mas via confiança e determinação.
Ela entregava o bracinho à enfermeira, e com
uma lágrima nos olhos dizia: - faça tia, é preciso para eu ficar boa.
Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho
e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe.
E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar
sem vivenciar profunda emoção.
Meu anjo respondeu:
- Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos
corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de
mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta
vida!
Pensando no que a morte representava para crianças, que
assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes,
indaguei:
- E o que morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando agente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama
do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa
própria cama não é?
(Lembrei minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, costumavam dormir no meu quarto e após dormirem eu procedia exatamente assim.)
- É isso mesmo, e então?
- Vou explicar o que acontece, continuou ela: Quando nós
dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para
nossa cama, não é?
-É isso mesmo querida, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu
Pai vem me buscar.
Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!
Fiquei "entupigaitado". Boquiaberto,
não sabia o que dizer.
Chocado com o pensamento deste anjinho, com a
maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande
espiritualidade desta criança, fiquei parado, sem ação.
- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.
Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um
soluço, perguntei ao meu anjo:
- E o que saudade significa para você, minha querida?
- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!
Hoje, aos 53 anos de idade, desafio qualquer
um dar uma definição melhor, mais direta e mais
simples para a palavra saudade: é o amor que fica!
Um anjo passou por mim...
Foi enviado para me dizer que existe muito
mais entre o céu e a terra, do que nos permitimos enxergar. Que
geralmente, absolutilizamos tudo que é relativo (carros
novos, casas, roupas de grife, jóias) enquanto
relativizamos a única coisa absoluta que temos, nossa transcendência.
Meu anjinho já se foi, há longos anos. Mas me deixou uma grande
lição, vindo de alguém que jamais pensei, por ser criança e portadora de grave doença, e a quem nunca mais esqueci. Deixou uma lição que ajudou a melhorar a minha vida, a tentar ser mais humano e carinhoso com meus doentes, a repensar meus valores.
Hoje, quando a noite chega e o céu está limpo, vejo uma linda estrela a quem chamo "meu anjo, que brilha e resplandece no céu.
Imagino ser ela, fulgurante em sua nova e eterna casa.
Obrigado anjinho, pela vida bonita que teve,
pelas lições que ensinastes, pela ajuda que me destes.
Que bom que existe saudades! O amor que ficou é eterno.

Rogério Brandão

Vale ou não discutir a relação? Os prós e os contras da famosa D. R.



Nada de exageros emocionais ou ensaios de crises existenciais. Todo casal moderno já passou ou passará por uma D.R., a famosa sigla que significa discutir a relação. Longe de sinalizar o possível fim do relacionamento, a D.R. é apontada por especialistas como uma prática saudável.
"Comigo não funciona muito bem esse lance. Sempre que puxo meu namorado para expor problemas, acabamos apontando um ao outro como culpados. Nos acusamos e não resolvemos nossas falhas", conta a arquiteta Camile Dias, 25.
O psiquiatra Paulo Gaudêncio define discutir a relação como um debate em busca do auto-conhecimento. A proposta é ouvir o que o outro fala como depoimento e não como acusação. "Quando eu erro, o amigo fala para mim, os inimigos falam de mim e o resto nem sequer fala. Portanto, se eu quero me conhecer, ninguém melhor do que a minha mulher para me dizer".
Para enfrentar uma conversa calorosa como esta, não é necessário agendar dia e horário. Tudo deve fluir naturalmente, sem permitir que o copo encha e transborde. Sentar para conversar e colocar em pratos limpos a situação é o método mais sadio de desafogar o estresse e liberar espaço para viver a vida em plenitude e paz.
"Hoje, as pessoas buscam melhorar seus relacionamentos afetivos para não cair na rotina, alimentar dúvidas ou pular de galho em galho. Elas têm consciência da necessidade de jogar aberto com os parceiros", ressalta a terapeuta de casal Regina Vaz.
A D.R. deve acontecer entre os dois, sem a presença de terceiros, muito menos na frente dos filhos, caso existam. O casal jamais deve perder o foco: evitar a transformação de uma pequena bola de neve em uma avalanche. O momento é de ajuste e resolução das coisas que estão incomodando.
"Eu mantenho uma relação aberta com meu namorado. Ele tem a mente madura para conseguir discernir a proposta do papo e funciona super bem. Sempre que findamos o assunto, tudo fica ainda melhor", declara a advogada Cristiane Slavganti, 30.
A relação deve ser discutida quando o casal estiver calmo e disposto a não apenas falar, mas também predisposto a ouvir, despido de preconceitos e aberto ao entendimento mútuo. O tom da voz precisa ser brando e é indispensável saber colocar as palavras e manter os ânimos centrados. Em caso de exaltações, interromper para não tornar o objetivo final em um jogo de acusações ofensivas é a atitude mais assertiva.
A pedagoga Joyce Batimarchi, 23, confessa implicar com o namorado por coisas insignificantes. "Sempre pego no pé porque admito gostar ser o centro das atenções e percebo uma falta de dedicação dele. Evito falar para não desgastar o relacionamento, mas também quando começo a reclamar coitado dele".
Discutir a relação não é uma competição para se saber quem tem razão, errou ou acertou. É, sim, o momento em que os corações se abrem para ver o outro, sentir o que ele sente, colocar-se no lugar dele. "Partir para uma conversa já com a retaguarda levantada, disposto a atacar, certamente levará a um final desastroso, que fará piorar o que ainda pode ser consertado", explica Regina.
Este ápice do tudo ou nada poderia, sem dúvidas, ser evitado, caso o casal não abrisse fresta com a falta de atenção, de elogio, de carinho e delicadeza na relação.
Algumas pessoas se arrumam para sair, mas não o fazem para ficar em casa com o parceiro. No início da relação, sempre existe uma lingerie sensual, mas é certo que após algum tempo, só restará a velha camiseta de propaganda de político ou aquele moletom que tem mais bolinhas que parque de diversão. Isto causa a síndrome da falta de magia, onde ambos fornecem aspectos negativos para o desgaste e entregam a relação ao fracasso.
A D.R. não implica em crise de relacionamento, muito pelo contrário. Representa o interesse mútuo em mantê-lo, tentando descobrir os anseios do outro. Ninguém consegue mudar a essência alheia. A quem acredite que o amor é o passaporte para moldar o companheiro a sua imagem e semelhança, porém isto não funciona.
Cada lado da relação precisa ser sintonizado com o outro e não submisso. Não importa o arranjo. A tomada de iniciativa parte de quem se sente incomodado e, mais que isso, deseja dar entrada para uma troca produtiva de sentimentos por amar de verdade e desejar seu companheiro inteiro ao seu lado.

Distimia - Estado Crônico de Depressão


Sinônimos e nomes populares:

Transtorno distímico, neurose depressiva, depressão neurótica, neurastenia, transtorno depressivo de personalidade.

O que é?

A distimia é uma doença do humor, como a depressão, porém ocorrendo de uma forma crônica, com a persistência de tristeza por longo tempo (pelo menos dois anos), durando a maior parte do dia, na maioria dos dias.

O que se sente?

Além do humor triste de forma prolongada, a pessoa pode sentir o apetite aumentado ou diminuído, insônia ou muita sonolência, sensação de baixa energia e cansaço, baixa auto-estima, com pensamentos de não ter valor ou ser incapaz, apresentando ainda dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões, além de ter sentimentos de falta de esperança. Não necessariamente todos esses sintomas deverão estar presentes, mas muitos são comuns.
Diferentemente da depressão, a distimia pode deixar o indivíduo com a sensação de que este é o seu jeito normal de ser, com dizeres como "sempre fui desse jeito ". Há, portanto, uma perda de autocrítica quanto à doença, o que, somado ao baixo interesse em várias áreas da vida, pode levar ao isolamento ou a uma vida limitada, com poucos relacionamentos sociais, inclusive dificuldades profissionais e familiares. Normalmente não há um período mais agudo da doença, com os sintomas sendo mantidos de uma forma estável durante anos, porém é comum ocorrer a depressão propriamente dita em uma pessoa previamente com distimia, o que costuma ser chamado de depressão dupla. Em outros casos, pode ocorrer inicialmente um episódio depressivo, em que não ocorre remissão total dos sintomas, e que o quadro clínico residual caracteriza um episódio distímico.

Como se desenvolve?

A distimia freqüentemente começa cedo na vida, na infância, adolescência ou início da idade adulta, por isso facilmente confundindo-se com o jeito de ser da pessoa. Em crianças, muitas vezes expressa-se por irritabilidade e mau humor, ou então pode parecer “boazinha” demais, sendo uma criança que brinca e permanece quieta a maior parte do tempo, que não faz bagunça, não incomoda, e não raro, diz-se que esse é o “jeitinho” dela. Em adolescentes pode associar-se principalmente à rebeldia e irritabilidade, mas isolamento e abuso de drogas podem ocorrer.

Qual a importância de se tratar a distimia?

Comumente a pessoa com distimia não procura tratamento por esse problema. Porém, esta é uma doença freqüentemente associada a outras, como depressão, transtornos de ansiedade (principalmente transtorno do pânico), abuso de álcool e drogas e múltiplas queixas físicas (dores, por exemplo) de origem psicológica. Portanto, são pessoas que terminam por recorrer a vários tratamentos médicos, muitas vezes usando várias medicações, mas não tratando especificamente a distimia.

Como se trata?

A distimia em geral requer tratamento medicamentoso e psicoterápico. A medicação utilizada geralmente envolve antidepressivos, e nos casos em que há comorbidade com outras patologias, o tratamentos destas também se faz necessário. A psicoterapia é fundamental no tratamento desses pacientes, podendo ser cognitivo-comportamental, ou de orientação analítica. Em alguns casos, a terapia familiar pode auxiliar na melhora do paciente e de sua família, uma vez que eles vem há muitos anos com um padrão disfuncional de comportamento e relacionamento entre os membros